O menisco discóide é considerado uma variação anatômica do formato original semi-circular dos meniscos. Ele geralmente apresenta-se mais espesso e ocupa uma maior área na região dos planaltos tibiais, sendo mais predispostos a lesão comparativamente aos meniscos com formato normal.

Os meniscos discóides surgem em decorrência de alterações anatômicas durante a formação dos mesmos no período do desenvolvimento fetal, ocorrendo uma falha no processo de reabsorção da sua porção central. Apesar da sua causa não estar completamente estabelecida, fatores genéticos e familiares parecem desempenhar um papel importante no seu surgimento, sendo reportado na literatura a ocorrência dessa variação em gêmeas do sexo feminino e entre irmão.

A incidência na população em geral é estimada entre 0,4 e 17%, sendo muito mais frequente o acometimento do menisco lateral, ocorrendo em cerca de 20 a 25% bilateralidade na sua apresentação.

Existem diferentes padrões de instabilidade periférica nos meniscos discóides, definidas através da evidência de hipermobilidade associada a desinserção periférica do menisco remanescente durante avaliação artroscópica.

O tratamento pode ser conservador ou cirúrgico dependendo da presença ou não de rotura, instabilidade e desvio do fragmento.

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