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A Tendinite Patelar, também conhecida como “joelho do saltador”, é uma patologia do tendão patelar normalmente relacionada às atividades esportivas que demandam saltos e desacelerações bruscas, como o vôlei, basquete, atletismo e futebol.
Se não tratada adequadamente, pode se tornar crônica e diminuir consideravelmente o rendimento do atleta. Em casos extremos, o tendão pode até ser completamente rompido.
Acredita-se que a patologia do tendão patelar seja causada por esforços repetitivo sobre o tendão patelar durante o salto, mas principalmente durante a desaceleração, quando o atleta retorna ao solo.
Fatores predisponentes incluem maior peso corporal, geno varo e geno valgo, um ângulo Q do joelho aumentado, patela alta, diferença no comprimento do membro, encurtamento das cadeias musculares, principalmente da posterior da coxa (isquiotibiais), desequilíbrio muscular e alteração do tipo de pisada.
Fatores ligados ao treino incluem falta de preparo físico direcionado ao esporte, técnica inadequada e aumento importante da intensidade e frequência da prática do esporte (Overtraining).
Os pacientes referem dor na região anterior do joelho, que muitas vezes piora após as atividades físicas. Normalmente, o envolvimento é infrapatelar ou perto do polo inferior da patela (parte de baixo da patela).
A Ultrassonografia e ressonância magnética são altamente sensíveis para a detecção de anomalias do tendão em ambos os atletas sintomáticos e assintomáticos, devendo SEMPRE ser realizado associado a avaliação clínica.
Na fase aguda, o tratamento inclui os seguintes programas de reabilitação:
– Modificação ou Adaptação de Atividade, que seria diminuir as atividades que aumentam a pressão femoropatelar (por exemplo, pular, agachar).
– Crioterapia, que seria aplicar gelo por 15-20 minutos, 4-5 vezes por dia, especialmente após a atividade.
– Melhoria do alongamento, incluindo (1) os flexores do quadril e joelho (isquiotibiais, gastrocnêmio, iliopsoas, reto femoral, adutores), (2), extensores de quadril e joelho (quadríceps, glúteos), (3) da banda iliotibial, e (4) o retináculo patelar.
– Reforço muscular, fortalecendo usando cadeia cinética fechada e exercícios excêntricos.
– Avaliação isocinética, detectando possíveis desequilíbrios musculares através da análise do dinamômetro isocinético e tratamento dos mesmos.
– Treinamento proprioceptivo específico, pliometria e retorno programado e assistido ao esporte.
Alguns estudos relatam sucesso no tratamento com a terapia por ondas de choque. (TOC). Nesta técnica, uma máquina emite pulsos, semelhantes aos usados nas quebras de cálculos renais, sobre o tendão doente. A partir daí, ocorreriam estímulos à cicatrização da lesão.
Em casos selecionados também pode ser indicado a aplicação do plasma rico em plaquetas (PRP), que é um procedimento baseado na injeção de um concentrado de células reparadoras do sangue do próprio paciente. Este concentrado, que é principalmente de plaquetas, contém as substâncias que ajudam a reparar tecidos, nossos fatores de cicatrização e crescimento celular.
Quando deve ser operado?
Em geral, após a falha do tratamento conservador, indica-se o tratamento cirúrgico. Os dois principais procedimentos cirúrgicos incluem a retirada de parte da ossificação por cirurgia artroscópica (minimamente invasiva) e desbidamento cirúrgico da lesão tendínea.
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